O governo brasileiro quer tornar o vinho importado mais caro ou retirá-lo da prateleira como forma de proteger a indústria nacional. O foco principal são os vinhos portugueses, italianos e chilenos. Ou seja, está aí um bom momento para prestar mais atenção aos vinhos nacionais.
O colunista do Estado de São Paulo, Luiz Horta, comprovou que todo vinho pode ganhar com a passagem do tempo. E que muitos vinhos brasileiros têm as qualidades para um período considerável de guarda.
Para isso ele reuniu cinco safras antigas do Merlot da vinícola Dal Pizzol (a mais antiga, de 20 anos, e a mais recente, de 7).
Confere só o resultado
Da esquerda para direita :
(1) O 1991 foi incrível, tinha notas de evolução, mas estava tão vivo que abri a segunda garrafa para comparar. Era idêntica, com acidez deliciosa. Duas garrafas de um vinho brasileiro com duas décadas de idade em perfeito estado e ótimos para beber. Meu amigo Pagliari, que estava na plateia, disse: "Falta comida para acompanhá-los". Era verdade
(2) O 1993, ao contrário, já tinha entrado na curva descendente. Ainda bebível, mas morrendo.
(3) O 1999 foi foi prazer puro, no auge, exuberante, taninos finos e acidez elétrica. Fantástico
(4) O 2003 é um vinho bem feito, com potencial, pela ótima acidez, bom corpo, elegante. Precisa de tempo
(5) O 2004 tinha os taninos algo secantes e menos acidez
Independente da alta dos importados, vale lembra que o mercado nacional dispõe de bons rótulos que merecem a degustação. É só descobrir o que melhor se adapta ao seu bolso e ao seu paladar!
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