Uma cerveja de alta fermentação - estilo tradicional da
Alemanha - que no processo de fabricação passa por um
estágio em barricas de carvalho e uma segunda fermentação dentro da
própria garrafa, semelhante ao processo de obtenção dos vinhos
espumantes.
Esta é a descrição da Patrona Alt, lançamento da Villaggio Grando, vinícola catarinense dedicada à produção de vinhos dentro do conceito boutique.
Ao longo de 2011, a vinícola se uniu ao cervejeiro Gustavo Fezer para juntos desenvolverem uma cerveja artesanal de alta qualidade, que conta com o incremento de sabores e aromas obtidos a partir de processos utilizados na produção de seus vinhos.
O resultado é uma cerveja encorpada de alta cremosidade e persistência, com cor marcante, lupulagem nobre e teor alcóolico de 7,3%, cuja receita de malte conta com seis variedades distintas em sua composição, todas oriundas da Europa. A levedura é preservada no interior da garrafa, parte do método artesanal sem filtragem.
A cerveja Patrona Alt requer armazenamento em adega: deve ser armazenada na posição vertical, em ambiente fresco e protegido da iluminação, para melhor preservar as suas características de guarda.
Seu consumo deve ser feito sempre em copos de vinho tinto de bojo grande. Somente assim é possível apreciar na totalidade os sabores e aromas do produto.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Queijos e Vinhos: guia prático de harmonização
Que vinho e queijo formam a dupla perfeita, todo mundo já
sabe. Mas nem todo mundo se sente seguro na hora de harmonizar esses dois
elementos.
Por isso, a gente reproduz aqui mais uma dica da sommelière
Helena Mattar, elaborada em parceria com a amiga Camila Dias. As fotos são de
Bruno Geraldi.
Confira as dicas abaixo e tim-tim!
Com o queridinho da maioria, o
queijo de cabra, experimente um Sauvignon Blanc. Pode ser um delicado Sancerre
(Vale do Loire, França) ou um mais intenso do Chile e Nova Zelândia que
despontam como ótimos produtores da uva. E como a gente nunca escolhe um único
queijo… leve um Boursin que também vai super bem.
Para o Gouda, amarelinho e macio, um Chardonnay mais
suntuoso, com um pouco de corpo e toques de madeira. Pode ser um Bourgogne
clássico (França), mas um chileno ou um californiano são ótimas opções também.
Mais um queijo pra harmonizar? O bom e velho Brie!
Para quebrar um pouco das uvas tipicamente francesas, vamos
de Sangiovese! Ah os vinhos italianos…. deliciosos e ótimos companheiros para a
mesa. Escolha um Sangiovese com um pouco de corpo e estrutura como um Vino
Nobile de Montepulciano ou um Chianti clássico. Para não sairmos do país,
compre o famoso Parmesão e um Taleggio, para ter algo de diferente.
Não nos esquecemos dos bons queijos “azuis”, não. Eles serão
a sobremesa, acompanhados por vinhos doces. Sugerimos um mais conhecido, o
Roquefort, e um mais inusitado, mas não menos gostoso: Stilton, um queijo
inglês.
As harmonizações mais conhecidas são o Roquefort com o Sauternes e o
Stilton com o vinho do Porto. Pois bem, experimente assim e vice-versa e veja
que combina mais. Se quiser, substitua o Sauternes por algum vinho de sobremesa
do Sudoeste da França ou um Late Harvest de outra nacionalidade. As opções são
inúmeras.
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Acessórios e Inovações movimentam mercado de vinhos
A indústria do vinho pode até ser conservadora, mas isto não significa que não haja inovações no mercado.
De diferentes embalagens a novas modalidades de produção, confira o que está movimentando o mercado:
SCREW CAP
Nada mais é que aquela tampinha de rosquear feita de alumínio que a gente costuma encontrar, por exemplo, em vidros de azeite, vinagre e destilados.
Muitos afirmam que a screw cap não consegue conservar o vinho por muito tempo. Na verdade, os estudos já comprovam que essa tampinha consegue conservar o vinho por mais tempo que a rolha, permitindo menor penetração de oxigênio para dentro da garrafa.
BAG-IN-BOX
Aqui também poderíamos incluir outras formas alternativas de embalagem, como garrafas Pet ou até Tetra Pak. Ao contrário destas, o vidro é frágil e pesado, o que significa dizer que seus custos com transporte são mais elevados.
A bag-in-box é talvez a forma alternativa de embalagem mais conhecida no mundo do vinho, embora ainda sofra grande preconceito em quase todos os lugares, com exceção dos países escandinavos.
É verdade que ainda não faz sentido armazenar grandes vinhos numa “sacola”, mas ela pode ser uma forma inteligente para armazenar aquele vinho do dia a dia, que certamente ficará mais barato e poderá aguentar por pelo menos duas semanas antes de oxidar, o que é impossível de conseguir com as garrafas convencionais.
VINO-LOK
Uma outra alternativa à rolha de cortiça. Trata-se de uma tampa de vidro com uma fita de borracha bem fina que funciona como vedação. São mais baratas, bonitas e integram-se bem ao vidro da garrafa.
MENOR TEOR ALCOÓLICO
Lembra da onda de vinhos com 14% ou 15% de teor alcoólico surgida há alguns anos? Pois agora o quadro está se invertendo. O que acontece é que o consumidor percebeu que, além de “subir” mais rápido, o álcool em excesso também esconde aromas e sabores no vinho.
VINHOS ECOLÓGICOS
Talvez este não seja o termo correto para classificar “orgânicos”, “biodinâmicos” ou “naturais”. O objetivo aqui tampouco é explicar as mínimas diferenças entre os três conceitos. De maneira bastante simplificada, pode-se dizer que são vinhos elaborados com impacto mínimo ao meio-ambiente e pouco ou nenhum aditivo (leia-se anidrido sulfuroso).
O importante é que vinhos com uma menor pegada de carbono estão sendo cada vez mais bem vistos, mesmo que, por razões óbvias, sejam mais caros que os convencionais.
No Brasil já surgem os primeiros sinais de um novo nicho de mercado: tem-se notícia de importadores e restaurantes que estão trabalhando quase que unicamente com vinhos ecológicos.
MÍDIAS SOCIAIS
Fanpages e contas no Twitter dedicadas apenas ao vinho já não são novidade e exercem importante influência.
Então aproveita a dica e conheça nosso perfl no Twitter e também a nossa fanpage!
De diferentes embalagens a novas modalidades de produção, confira o que está movimentando o mercado:
SCREW CAP
Nada mais é que aquela tampinha de rosquear feita de alumínio que a gente costuma encontrar, por exemplo, em vidros de azeite, vinagre e destilados.
Muitos afirmam que a screw cap não consegue conservar o vinho por muito tempo. Na verdade, os estudos já comprovam que essa tampinha consegue conservar o vinho por mais tempo que a rolha, permitindo menor penetração de oxigênio para dentro da garrafa.
BAG-IN-BOX
Aqui também poderíamos incluir outras formas alternativas de embalagem, como garrafas Pet ou até Tetra Pak. Ao contrário destas, o vidro é frágil e pesado, o que significa dizer que seus custos com transporte são mais elevados.
A bag-in-box é talvez a forma alternativa de embalagem mais conhecida no mundo do vinho, embora ainda sofra grande preconceito em quase todos os lugares, com exceção dos países escandinavos.
É verdade que ainda não faz sentido armazenar grandes vinhos numa “sacola”, mas ela pode ser uma forma inteligente para armazenar aquele vinho do dia a dia, que certamente ficará mais barato e poderá aguentar por pelo menos duas semanas antes de oxidar, o que é impossível de conseguir com as garrafas convencionais.
VINO-LOK
Uma outra alternativa à rolha de cortiça. Trata-se de uma tampa de vidro com uma fita de borracha bem fina que funciona como vedação. São mais baratas, bonitas e integram-se bem ao vidro da garrafa.
MENOR TEOR ALCOÓLICO
Lembra da onda de vinhos com 14% ou 15% de teor alcoólico surgida há alguns anos? Pois agora o quadro está se invertendo. O que acontece é que o consumidor percebeu que, além de “subir” mais rápido, o álcool em excesso também esconde aromas e sabores no vinho.
VINHOS ECOLÓGICOS
Talvez este não seja o termo correto para classificar “orgânicos”, “biodinâmicos” ou “naturais”. O objetivo aqui tampouco é explicar as mínimas diferenças entre os três conceitos. De maneira bastante simplificada, pode-se dizer que são vinhos elaborados com impacto mínimo ao meio-ambiente e pouco ou nenhum aditivo (leia-se anidrido sulfuroso).
O importante é que vinhos com uma menor pegada de carbono estão sendo cada vez mais bem vistos, mesmo que, por razões óbvias, sejam mais caros que os convencionais.
No Brasil já surgem os primeiros sinais de um novo nicho de mercado: tem-se notícia de importadores e restaurantes que estão trabalhando quase que unicamente com vinhos ecológicos.
MÍDIAS SOCIAIS
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segunda-feira, 11 de junho de 2012
Vinhos Doces para tomar na TPM
Naqueles dias de TPM não adianta: aumenta o desejo pelo consumo de doces e cada grama de açúcar parece gerar um conforto a mais.
E que tal dar uma animada nesses dias tão azedos com uma bela taça de vinho doce?
Para dar uma mãozinha na hora da escolha, a sommelière Helena Mattar explica quais são os principais tipos e como eles são feitos.
Confira abaixo algumas sugestões para você começar a se aventurar pelo mundo dos vinhos doces e tornar a sua TPM mais feliz.
1) Vinho Botrytizado ou com Podridão Nobre: são os vinhos doces mais conhecidos. Esse tipo de vinho tem um processo bastante peculiar e exige condições climáticas precisas: umidade pela manhã, sol e vento à tarde. Assim, permite-se que o fungo Botrytis Cinerea (considerado um fungo nobre) se desenvolva e ataque as uvas.
Essas uvas são colhidas tardiamente e à mão, de maneira que se tenham apenas os bagos atacados pelo fungo. Assim, todo o processo é mais lento que o dos demais vinhos e exige um grande trabalho manual que acaba por encarecer a bebida.
Se quiser algo mais tradicional, vá de Sauternes. O Schoder & Schyler 2008 é delicado e tem um bom custo benefício
Para um dia especial, o Tokaji Aszú Hétszolo 5 puttonyos 2001 é ideal. Bem dourado e com aromas marcantes de mel, damasco seco e geléia de laranja.
2) Vinho de Colheita Tardia ou Late Harvest: vinhos feitos com uvas colhidas tardiamente e super maduras. Desta forma, elas começam a desidratar e a concentrar açúcar. A diferença é que elas não têm os aromas do fungo nobre (Botrytis Cinerea) e, por isso, possuem mais aromas frutados. São delicados e deliciosos.
Experimente o italiano Cardeto L’Armida 2005 com aromas amplos de frutas exóticas (Cupuaçu!), mel e toques florais.
Outra opção um pouquinho mais cara, mas feita pelo grande produtor francês Alain Brumont, é oBrumaire Novembre 2007.
3) Vin Doux Naturel (VDN): um vinho francês feito pelo processo de fortificação. Nele, inicia-se a fermentação normalmente e, após as leveduras terem devorado açúcar suficiente para transformar a bebida em um vinho de 8% a 9% de teor alcoólico, o produtor interrompe esse processo adicionando um álcool neutro a 95%.
Isso mata as leveduras e parte do açúcar natural não é transformada em álcool, obtendo-se uma bebida naturalmente doce. Eles podem ser brancos como um Muscat de Beaumes de Venise ou tintos como um Banyuls.
Experimente o francês Banyuls do grande produtor M. Chapoutier, com intensidade de cor e frutas.
4) Vinho de Gelo: mais conhecido por Icewine ou Eiswein, tem um processo de produção que envolve um trabalho árduo. Isso porque a colheita das uvas é feita tardiamente, à noite, a uma temperatura de -8ºC para que se colham uvas quase congeladas.
As uvas são prensadas logo em seguida para que assim se mantenha sua água congelada e se obtenha um suco com alta concentração de açúcar.
Por conta da particularidade do clima, esse vinho não pode ser feito em qualquer país. Os grandes produtores são Alemanha, Áustria e Canadá.
Experimente o delicioso Icewine canadense Cave Spring 2004, feito 100% da uva Riesling.
E que tal dar uma animada nesses dias tão azedos com uma bela taça de vinho doce?
Para dar uma mãozinha na hora da escolha, a sommelière Helena Mattar explica quais são os principais tipos e como eles são feitos.
Confira abaixo algumas sugestões para você começar a se aventurar pelo mundo dos vinhos doces e tornar a sua TPM mais feliz.
1) Vinho Botrytizado ou com Podridão Nobre: são os vinhos doces mais conhecidos. Esse tipo de vinho tem um processo bastante peculiar e exige condições climáticas precisas: umidade pela manhã, sol e vento à tarde. Assim, permite-se que o fungo Botrytis Cinerea (considerado um fungo nobre) se desenvolva e ataque as uvas.
Essas uvas são colhidas tardiamente e à mão, de maneira que se tenham apenas os bagos atacados pelo fungo. Assim, todo o processo é mais lento que o dos demais vinhos e exige um grande trabalho manual que acaba por encarecer a bebida.
Se quiser algo mais tradicional, vá de Sauternes. O Schoder & Schyler 2008 é delicado e tem um bom custo benefício
Para um dia especial, o Tokaji Aszú Hétszolo 5 puttonyos 2001 é ideal. Bem dourado e com aromas marcantes de mel, damasco seco e geléia de laranja.
2) Vinho de Colheita Tardia ou Late Harvest: vinhos feitos com uvas colhidas tardiamente e super maduras. Desta forma, elas começam a desidratar e a concentrar açúcar. A diferença é que elas não têm os aromas do fungo nobre (Botrytis Cinerea) e, por isso, possuem mais aromas frutados. São delicados e deliciosos.
Experimente o italiano Cardeto L’Armida 2005 com aromas amplos de frutas exóticas (Cupuaçu!), mel e toques florais.
Outra opção um pouquinho mais cara, mas feita pelo grande produtor francês Alain Brumont, é oBrumaire Novembre 2007.
3) Vin Doux Naturel (VDN): um vinho francês feito pelo processo de fortificação. Nele, inicia-se a fermentação normalmente e, após as leveduras terem devorado açúcar suficiente para transformar a bebida em um vinho de 8% a 9% de teor alcoólico, o produtor interrompe esse processo adicionando um álcool neutro a 95%.
Isso mata as leveduras e parte do açúcar natural não é transformada em álcool, obtendo-se uma bebida naturalmente doce. Eles podem ser brancos como um Muscat de Beaumes de Venise ou tintos como um Banyuls.
Experimente o francês Banyuls do grande produtor M. Chapoutier, com intensidade de cor e frutas.
4) Vinho de Gelo: mais conhecido por Icewine ou Eiswein, tem um processo de produção que envolve um trabalho árduo. Isso porque a colheita das uvas é feita tardiamente, à noite, a uma temperatura de -8ºC para que se colham uvas quase congeladas.
As uvas são prensadas logo em seguida para que assim se mantenha sua água congelada e se obtenha um suco com alta concentração de açúcar.
Por conta da particularidade do clima, esse vinho não pode ser feito em qualquer país. Os grandes produtores são Alemanha, Áustria e Canadá.
Experimente o delicioso Icewine canadense Cave Spring 2004, feito 100% da uva Riesling.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Vinhos “divertidos”: conheça alguns rótulos criativos
Há quem acredite que rótulos de vinho são como capas de livro. Ou seja, são capazes de traduzir muito do líquido que há na garrafa e de nos seduzir ainda na prateleira.
Verdade ou não, vale a pena conferir alguns dos rótulos mais criativos do mercado:
Frank B, etiqueta com uma mensagem customizável.
Lembrando quadrinhos: wine labels.
Passarinhos: The Logan Weemala Wine Collection.
Embarque para a Austrália com este Shyraz.
Return of the Living Red é uma brincadeira que faz alusão aos filmes clássicos de terror. Para enfatizar, a rolha é coberta por uma cera cor de sangue e o cartão, que funciona como rótulo, conta a história de terror.
O Mini Garage Wines and Brandies tem um conceito literal, pois é produzido em uma loja de tratores na Alemanha. Apesar da dúvida quanto a capacidade de preservar o vinho, esta garrafa é, sem dúvida, muito criativa.
Francis Ford Coppola se lembra dos galões de vinho que seu pai guardava no porão. Um dia, quando pequeno, tentou carregar um dos galões passando um pincel pela alça. O pincel quebrou e, consequentemente, o galão também. Para homenagear o pai e reviver a infância, ele criou esta garrafa. A etiqueta traz partituras escritas pelo pai, Carmine.
Para quem curte o terma circo.
E para finalizar, uma viagem às raízes da rotulagem do vinho.
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