segunda-feira, 11 de junho de 2012

Vinhos Doces para tomar na TPM

Naqueles dias de TPM não adianta: aumenta o desejo pelo consumo de doces e cada grama de açúcar parece gerar um conforto a mais.

E que tal dar uma animada nesses dias tão azedos com uma bela taça de vinho doce?

Para dar uma mãozinha na hora da escolha, a sommelière Helena Mattar explica quais são os principais tipos e como eles são feitos.

Confira abaixo algumas sugestões para você começar a se aventurar pelo mundo dos vinhos doces e tornar a sua TPM mais feliz.

1) Vinho Botrytizado ou com Podridão Nobre: são os vinhos doces mais conhecidos. Esse tipo de vinho tem um processo bastante peculiar e exige condições climáticas precisas: umidade pela manhã, sol e vento à tarde. Assim, permite-se que o fungo Botrytis Cinerea (considerado um fungo nobre) se desenvolva e ataque as uvas.

Essas uvas são colhidas tardiamente e à mão, de maneira que se tenham apenas os bagos atacados pelo fungo. Assim, todo o processo é mais lento que o dos demais vinhos e exige um grande trabalho manual que acaba por encarecer a bebida.

Se quiser algo mais tradicional, vá de Sauternes. O Schoder & Schyler 2008 é delicado e tem um bom custo benefício

Para um dia especial, o Tokaji Aszú Hétszolo 5 puttonyos 2001 é ideal. Bem dourado e com aromas marcantes de mel, damasco seco e geléia de laranja.

2) Vinho de Colheita Tardia ou Late Harvest: vinhos feitos com uvas colhidas tardiamente e super maduras. Desta forma, elas começam a desidratar e a concentrar açúcar. A diferença é que elas não têm os aromas do fungo nobre (Botrytis Cinerea) e, por isso, possuem mais aromas frutados. São delicados e deliciosos.

Experimente o italiano Cardeto L’Armida 2005 com aromas amplos de frutas exóticas (Cupuaçu!), mel e toques florais.





Outra opção um pouquinho mais cara, mas feita pelo grande produtor francês Alain Brumont, é oBrumaire Novembre 2007.

3) Vin Doux Naturel (VDN): um vinho francês feito pelo processo de fortificação. Nele, inicia-se a fermentação normalmente e, após as leveduras terem devorado açúcar suficiente para transformar a bebida em um vinho de 8% a 9% de teor alcoólico, o produtor interrompe esse processo adicionando um álcool neutro a 95%.

Isso mata as leveduras e parte do açúcar natural não é transformada em álcool, obtendo-se uma bebida naturalmente doce. Eles podem ser brancos como um Muscat de Beaumes de Venise ou tintos como um Banyuls.



Experimente o francês Banyuls do grande produtor M. Chapoutier, com intensidade de cor e frutas.

4) Vinho de Gelo: mais conhecido por Icewine ou Eiswein, tem um processo de produção que envolve um trabalho árduo. Isso porque a colheita das uvas é feita tardiamente, à noite, a uma temperatura de -8ºC para que se colham uvas quase congeladas.

As uvas são prensadas logo em seguida para que assim se mantenha sua água congelada e se obtenha um suco com alta concentração de açúcar.

Por conta da particularidade do clima, esse vinho não pode ser feito em qualquer país. Os grandes produtores são Alemanha, Áustria e Canadá.






Experimente o delicioso Icewine canadense Cave Spring 2004, feito 100% da uva Riesling.

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