Se você está iniciando no mundo dos vinhos, é provável que já tenha se visto em frente a uma prateleira com diversas taças e pensado: "por que há tantas diferentes?"
Da mesma maneira que determinados tipos de roupa ajudam a valorizar o corpo, para tirarmos o melhor proveito de uma garrafa de vinho também é necessário escolher a taça ideal.
Mas para não se atrapalhar logo de cara, o ideal é que, ao menos no início, você tenha alguns modelos básicos. Abaixo você confere os principais tipos de taças e suas finalidade:
Tinto Bordeaux
As taças Bordeaux foram feitas para abrigar vinhos mais encorpados e ricos em tanino, feitos principalmente a partir da uva Cabernet Sauvignon. Elas possuem o bojo grande, mas têm a borda mais fechada para evitar a dispersão de aromas, concentrando- os.
A aba fina direciona o vinho para a ponta da língua, permitindo que a untuosidade e os sabores frutados dominem antes que os taninos sejam direcionados para a parte de trás da boca. É indicada para Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Syrah, Tannat, entre outras uvas.
Tinto Borgonha
Os vinhos da Borgonha são mais complexos e concentrados, produzidos principalmente com a uva Pinot Noir. Portanto, as taças são em formato balão (ou seja, com bojo maior do que as Bordeaux) para que haja mais contato com o ar, o que permite que o buquê se libere mais rapidamente.
Este recipiente foi feito para que o vinho explore muito o nariz. O formato direciona o fluxo acima da ponta e do centro da língua, diminuindo a acidez e acentuando as qualidades mais arredondadas e maduras do vinho. Além da Pinot Noir, também é ideal para que sejam apreciados vinhos Rioja tradicional, Barbera Barricato, Amarone, Nebbiolo etc.
Para vinhos brancos
As taças têm corpo menor do que as para vinho tinto por dois motivos. Primeiro, o vinho branco precisa ser consumido em temperaturas mais baixas e, portanto, em um recipiente menor, que permita menos trocas de calor com o ambiente. Segundo, porque precisa que sejam realçadas as notas de frutas. A aba estreita entrega o fluxo do vinho através das áreas da língua com equilíbrio entre doçura e acidez, crucial para os brancos.
Para vinhos rosados
Os vinhos rosés possuem os taninos dos tintos, mas os aromas dos brancos. Por esse motivo, a taça costuma ser menor que a dos brancos, mas com bojo maior. Ela deve acentuar a acidez do vinho, equilibrando assim sua doçura. Se não tiver uma taça específica para rosés (poucas marcas possuem), pode usar uma para vinho branco.
Para vinhos doces e fortificados
Possuem bojo pequeno, justamente porque as pessoas consomem vinhos doces e fortificados em quantidades menores.
Também são mais estreitas na parte superior. Seu design ajuda a conduzir o fluxo da bebida diretamente para a ponta da língua, região onde os sabores doces são mais percebidos.
Taça ISO
Por fim, existe a taça ISO (International Standards Organization), criada em 1970. Ela é uma espécie de taça coringa, pois serve para todos os tipos de vinho. É muito utilizada para degustações técnicas, para que possa ser mantida uma referência entre diversos tipos de fermentado. Por isso, pode ser um dos melhores modelos para começar o seu acervo.
Ela é relativamente pequena e totalmente cristalina. Seu bojo é maior e ela é fechada na parte de cima. É boa especialmente para a parte aromática.
Para espumantes e/ou champagnes
Para um Champagne ou um espumante comum, a taça adequada é a que chamamos de flûte, ou flauta. Ela serve para que possam ser apreciadas as borbulhas, ou perlage. A taça fina também direciona a efervescência e os aromas para o nariz, enquanto controla o fluxo acima da língua, mantendo o equilíbrio entre a limpeza da acidez e a saborosa profundidade.
Quanto mais bojo tiver a taça, melhor, pois se for reta demais no sentido longitudinal não irá realçar os aromas. Se o Champagne for Cuvée ou de safra especial, faz-se necessário um recipiente com corpo curvo, para que o apreciador possa sentir alguma fruta.
sexta-feira, 13 de julho de 2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Quando o Vinho encontra a Cerveja
Uma cerveja de alta fermentação - estilo tradicional da
Alemanha - que no processo de fabricação passa por um
estágio em barricas de carvalho e uma segunda fermentação dentro da
própria garrafa, semelhante ao processo de obtenção dos vinhos
espumantes.
Esta é a descrição da Patrona Alt, lançamento da Villaggio Grando, vinícola catarinense dedicada à produção de vinhos dentro do conceito boutique.
Ao longo de 2011, a vinícola se uniu ao cervejeiro Gustavo Fezer para juntos desenvolverem uma cerveja artesanal de alta qualidade, que conta com o incremento de sabores e aromas obtidos a partir de processos utilizados na produção de seus vinhos.
O resultado é uma cerveja encorpada de alta cremosidade e persistência, com cor marcante, lupulagem nobre e teor alcóolico de 7,3%, cuja receita de malte conta com seis variedades distintas em sua composição, todas oriundas da Europa. A levedura é preservada no interior da garrafa, parte do método artesanal sem filtragem.
A cerveja Patrona Alt requer armazenamento em adega: deve ser armazenada na posição vertical, em ambiente fresco e protegido da iluminação, para melhor preservar as suas características de guarda.
Seu consumo deve ser feito sempre em copos de vinho tinto de bojo grande. Somente assim é possível apreciar na totalidade os sabores e aromas do produto.
Esta é a descrição da Patrona Alt, lançamento da Villaggio Grando, vinícola catarinense dedicada à produção de vinhos dentro do conceito boutique.
Ao longo de 2011, a vinícola se uniu ao cervejeiro Gustavo Fezer para juntos desenvolverem uma cerveja artesanal de alta qualidade, que conta com o incremento de sabores e aromas obtidos a partir de processos utilizados na produção de seus vinhos.
O resultado é uma cerveja encorpada de alta cremosidade e persistência, com cor marcante, lupulagem nobre e teor alcóolico de 7,3%, cuja receita de malte conta com seis variedades distintas em sua composição, todas oriundas da Europa. A levedura é preservada no interior da garrafa, parte do método artesanal sem filtragem.
A cerveja Patrona Alt requer armazenamento em adega: deve ser armazenada na posição vertical, em ambiente fresco e protegido da iluminação, para melhor preservar as suas características de guarda.
Seu consumo deve ser feito sempre em copos de vinho tinto de bojo grande. Somente assim é possível apreciar na totalidade os sabores e aromas do produto.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Queijos e Vinhos: guia prático de harmonização
Que vinho e queijo formam a dupla perfeita, todo mundo já
sabe. Mas nem todo mundo se sente seguro na hora de harmonizar esses dois
elementos.
Por isso, a gente reproduz aqui mais uma dica da sommelière
Helena Mattar, elaborada em parceria com a amiga Camila Dias. As fotos são de
Bruno Geraldi.
Confira as dicas abaixo e tim-tim!
Com o queridinho da maioria, o
queijo de cabra, experimente um Sauvignon Blanc. Pode ser um delicado Sancerre
(Vale do Loire, França) ou um mais intenso do Chile e Nova Zelândia que
despontam como ótimos produtores da uva. E como a gente nunca escolhe um único
queijo… leve um Boursin que também vai super bem.
Para o Gouda, amarelinho e macio, um Chardonnay mais
suntuoso, com um pouco de corpo e toques de madeira. Pode ser um Bourgogne
clássico (França), mas um chileno ou um californiano são ótimas opções também.
Mais um queijo pra harmonizar? O bom e velho Brie!
Para quebrar um pouco das uvas tipicamente francesas, vamos
de Sangiovese! Ah os vinhos italianos…. deliciosos e ótimos companheiros para a
mesa. Escolha um Sangiovese com um pouco de corpo e estrutura como um Vino
Nobile de Montepulciano ou um Chianti clássico. Para não sairmos do país,
compre o famoso Parmesão e um Taleggio, para ter algo de diferente.
Não nos esquecemos dos bons queijos “azuis”, não. Eles serão
a sobremesa, acompanhados por vinhos doces. Sugerimos um mais conhecido, o
Roquefort, e um mais inusitado, mas não menos gostoso: Stilton, um queijo
inglês.
As harmonizações mais conhecidas são o Roquefort com o Sauternes e o
Stilton com o vinho do Porto. Pois bem, experimente assim e vice-versa e veja
que combina mais. Se quiser, substitua o Sauternes por algum vinho de sobremesa
do Sudoeste da França ou um Late Harvest de outra nacionalidade. As opções são
inúmeras.
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Acessórios e Inovações movimentam mercado de vinhos
A indústria do vinho pode até ser conservadora, mas isto não significa que não haja inovações no mercado.
De diferentes embalagens a novas modalidades de produção, confira o que está movimentando o mercado:
SCREW CAP
Nada mais é que aquela tampinha de rosquear feita de alumínio que a gente costuma encontrar, por exemplo, em vidros de azeite, vinagre e destilados.
Muitos afirmam que a screw cap não consegue conservar o vinho por muito tempo. Na verdade, os estudos já comprovam que essa tampinha consegue conservar o vinho por mais tempo que a rolha, permitindo menor penetração de oxigênio para dentro da garrafa.
BAG-IN-BOX
Aqui também poderíamos incluir outras formas alternativas de embalagem, como garrafas Pet ou até Tetra Pak. Ao contrário destas, o vidro é frágil e pesado, o que significa dizer que seus custos com transporte são mais elevados.
A bag-in-box é talvez a forma alternativa de embalagem mais conhecida no mundo do vinho, embora ainda sofra grande preconceito em quase todos os lugares, com exceção dos países escandinavos.
É verdade que ainda não faz sentido armazenar grandes vinhos numa “sacola”, mas ela pode ser uma forma inteligente para armazenar aquele vinho do dia a dia, que certamente ficará mais barato e poderá aguentar por pelo menos duas semanas antes de oxidar, o que é impossível de conseguir com as garrafas convencionais.
VINO-LOK
Uma outra alternativa à rolha de cortiça. Trata-se de uma tampa de vidro com uma fita de borracha bem fina que funciona como vedação. São mais baratas, bonitas e integram-se bem ao vidro da garrafa.
MENOR TEOR ALCOÓLICO
Lembra da onda de vinhos com 14% ou 15% de teor alcoólico surgida há alguns anos? Pois agora o quadro está se invertendo. O que acontece é que o consumidor percebeu que, além de “subir” mais rápido, o álcool em excesso também esconde aromas e sabores no vinho.
VINHOS ECOLÓGICOS
Talvez este não seja o termo correto para classificar “orgânicos”, “biodinâmicos” ou “naturais”. O objetivo aqui tampouco é explicar as mínimas diferenças entre os três conceitos. De maneira bastante simplificada, pode-se dizer que são vinhos elaborados com impacto mínimo ao meio-ambiente e pouco ou nenhum aditivo (leia-se anidrido sulfuroso).
O importante é que vinhos com uma menor pegada de carbono estão sendo cada vez mais bem vistos, mesmo que, por razões óbvias, sejam mais caros que os convencionais.
No Brasil já surgem os primeiros sinais de um novo nicho de mercado: tem-se notícia de importadores e restaurantes que estão trabalhando quase que unicamente com vinhos ecológicos.
MÍDIAS SOCIAIS
Fanpages e contas no Twitter dedicadas apenas ao vinho já não são novidade e exercem importante influência.
Então aproveita a dica e conheça nosso perfl no Twitter e também a nossa fanpage!
De diferentes embalagens a novas modalidades de produção, confira o que está movimentando o mercado:
SCREW CAP
Nada mais é que aquela tampinha de rosquear feita de alumínio que a gente costuma encontrar, por exemplo, em vidros de azeite, vinagre e destilados.
Muitos afirmam que a screw cap não consegue conservar o vinho por muito tempo. Na verdade, os estudos já comprovam que essa tampinha consegue conservar o vinho por mais tempo que a rolha, permitindo menor penetração de oxigênio para dentro da garrafa.
BAG-IN-BOX
Aqui também poderíamos incluir outras formas alternativas de embalagem, como garrafas Pet ou até Tetra Pak. Ao contrário destas, o vidro é frágil e pesado, o que significa dizer que seus custos com transporte são mais elevados.
A bag-in-box é talvez a forma alternativa de embalagem mais conhecida no mundo do vinho, embora ainda sofra grande preconceito em quase todos os lugares, com exceção dos países escandinavos.
É verdade que ainda não faz sentido armazenar grandes vinhos numa “sacola”, mas ela pode ser uma forma inteligente para armazenar aquele vinho do dia a dia, que certamente ficará mais barato e poderá aguentar por pelo menos duas semanas antes de oxidar, o que é impossível de conseguir com as garrafas convencionais.
VINO-LOK
Uma outra alternativa à rolha de cortiça. Trata-se de uma tampa de vidro com uma fita de borracha bem fina que funciona como vedação. São mais baratas, bonitas e integram-se bem ao vidro da garrafa.
MENOR TEOR ALCOÓLICO
Lembra da onda de vinhos com 14% ou 15% de teor alcoólico surgida há alguns anos? Pois agora o quadro está se invertendo. O que acontece é que o consumidor percebeu que, além de “subir” mais rápido, o álcool em excesso também esconde aromas e sabores no vinho.
VINHOS ECOLÓGICOS
Talvez este não seja o termo correto para classificar “orgânicos”, “biodinâmicos” ou “naturais”. O objetivo aqui tampouco é explicar as mínimas diferenças entre os três conceitos. De maneira bastante simplificada, pode-se dizer que são vinhos elaborados com impacto mínimo ao meio-ambiente e pouco ou nenhum aditivo (leia-se anidrido sulfuroso).
O importante é que vinhos com uma menor pegada de carbono estão sendo cada vez mais bem vistos, mesmo que, por razões óbvias, sejam mais caros que os convencionais.
No Brasil já surgem os primeiros sinais de um novo nicho de mercado: tem-se notícia de importadores e restaurantes que estão trabalhando quase que unicamente com vinhos ecológicos.
MÍDIAS SOCIAIS
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segunda-feira, 11 de junho de 2012
Vinhos Doces para tomar na TPM
Naqueles dias de TPM não adianta: aumenta o desejo pelo consumo de doces e cada grama de açúcar parece gerar um conforto a mais.
E que tal dar uma animada nesses dias tão azedos com uma bela taça de vinho doce?
Para dar uma mãozinha na hora da escolha, a sommelière Helena Mattar explica quais são os principais tipos e como eles são feitos.
Confira abaixo algumas sugestões para você começar a se aventurar pelo mundo dos vinhos doces e tornar a sua TPM mais feliz.
1) Vinho Botrytizado ou com Podridão Nobre: são os vinhos doces mais conhecidos. Esse tipo de vinho tem um processo bastante peculiar e exige condições climáticas precisas: umidade pela manhã, sol e vento à tarde. Assim, permite-se que o fungo Botrytis Cinerea (considerado um fungo nobre) se desenvolva e ataque as uvas.
Essas uvas são colhidas tardiamente e à mão, de maneira que se tenham apenas os bagos atacados pelo fungo. Assim, todo o processo é mais lento que o dos demais vinhos e exige um grande trabalho manual que acaba por encarecer a bebida.
Se quiser algo mais tradicional, vá de Sauternes. O Schoder & Schyler 2008 é delicado e tem um bom custo benefício
Para um dia especial, o Tokaji Aszú Hétszolo 5 puttonyos 2001 é ideal. Bem dourado e com aromas marcantes de mel, damasco seco e geléia de laranja.
2) Vinho de Colheita Tardia ou Late Harvest: vinhos feitos com uvas colhidas tardiamente e super maduras. Desta forma, elas começam a desidratar e a concentrar açúcar. A diferença é que elas não têm os aromas do fungo nobre (Botrytis Cinerea) e, por isso, possuem mais aromas frutados. São delicados e deliciosos.
Experimente o italiano Cardeto L’Armida 2005 com aromas amplos de frutas exóticas (Cupuaçu!), mel e toques florais.
Outra opção um pouquinho mais cara, mas feita pelo grande produtor francês Alain Brumont, é oBrumaire Novembre 2007.
3) Vin Doux Naturel (VDN): um vinho francês feito pelo processo de fortificação. Nele, inicia-se a fermentação normalmente e, após as leveduras terem devorado açúcar suficiente para transformar a bebida em um vinho de 8% a 9% de teor alcoólico, o produtor interrompe esse processo adicionando um álcool neutro a 95%.
Isso mata as leveduras e parte do açúcar natural não é transformada em álcool, obtendo-se uma bebida naturalmente doce. Eles podem ser brancos como um Muscat de Beaumes de Venise ou tintos como um Banyuls.
Experimente o francês Banyuls do grande produtor M. Chapoutier, com intensidade de cor e frutas.
4) Vinho de Gelo: mais conhecido por Icewine ou Eiswein, tem um processo de produção que envolve um trabalho árduo. Isso porque a colheita das uvas é feita tardiamente, à noite, a uma temperatura de -8ºC para que se colham uvas quase congeladas.
As uvas são prensadas logo em seguida para que assim se mantenha sua água congelada e se obtenha um suco com alta concentração de açúcar.
Por conta da particularidade do clima, esse vinho não pode ser feito em qualquer país. Os grandes produtores são Alemanha, Áustria e Canadá.
Experimente o delicioso Icewine canadense Cave Spring 2004, feito 100% da uva Riesling.
E que tal dar uma animada nesses dias tão azedos com uma bela taça de vinho doce?
Para dar uma mãozinha na hora da escolha, a sommelière Helena Mattar explica quais são os principais tipos e como eles são feitos.
Confira abaixo algumas sugestões para você começar a se aventurar pelo mundo dos vinhos doces e tornar a sua TPM mais feliz.
1) Vinho Botrytizado ou com Podridão Nobre: são os vinhos doces mais conhecidos. Esse tipo de vinho tem um processo bastante peculiar e exige condições climáticas precisas: umidade pela manhã, sol e vento à tarde. Assim, permite-se que o fungo Botrytis Cinerea (considerado um fungo nobre) se desenvolva e ataque as uvas.
Essas uvas são colhidas tardiamente e à mão, de maneira que se tenham apenas os bagos atacados pelo fungo. Assim, todo o processo é mais lento que o dos demais vinhos e exige um grande trabalho manual que acaba por encarecer a bebida.
Se quiser algo mais tradicional, vá de Sauternes. O Schoder & Schyler 2008 é delicado e tem um bom custo benefício
Para um dia especial, o Tokaji Aszú Hétszolo 5 puttonyos 2001 é ideal. Bem dourado e com aromas marcantes de mel, damasco seco e geléia de laranja.
2) Vinho de Colheita Tardia ou Late Harvest: vinhos feitos com uvas colhidas tardiamente e super maduras. Desta forma, elas começam a desidratar e a concentrar açúcar. A diferença é que elas não têm os aromas do fungo nobre (Botrytis Cinerea) e, por isso, possuem mais aromas frutados. São delicados e deliciosos.
Experimente o italiano Cardeto L’Armida 2005 com aromas amplos de frutas exóticas (Cupuaçu!), mel e toques florais.
Outra opção um pouquinho mais cara, mas feita pelo grande produtor francês Alain Brumont, é oBrumaire Novembre 2007.
3) Vin Doux Naturel (VDN): um vinho francês feito pelo processo de fortificação. Nele, inicia-se a fermentação normalmente e, após as leveduras terem devorado açúcar suficiente para transformar a bebida em um vinho de 8% a 9% de teor alcoólico, o produtor interrompe esse processo adicionando um álcool neutro a 95%.
Isso mata as leveduras e parte do açúcar natural não é transformada em álcool, obtendo-se uma bebida naturalmente doce. Eles podem ser brancos como um Muscat de Beaumes de Venise ou tintos como um Banyuls.
Experimente o francês Banyuls do grande produtor M. Chapoutier, com intensidade de cor e frutas.
4) Vinho de Gelo: mais conhecido por Icewine ou Eiswein, tem um processo de produção que envolve um trabalho árduo. Isso porque a colheita das uvas é feita tardiamente, à noite, a uma temperatura de -8ºC para que se colham uvas quase congeladas.
As uvas são prensadas logo em seguida para que assim se mantenha sua água congelada e se obtenha um suco com alta concentração de açúcar.
Por conta da particularidade do clima, esse vinho não pode ser feito em qualquer país. Os grandes produtores são Alemanha, Áustria e Canadá.
Experimente o delicioso Icewine canadense Cave Spring 2004, feito 100% da uva Riesling.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Vinhos “divertidos”: conheça alguns rótulos criativos
Há quem acredite que rótulos de vinho são como capas de livro. Ou seja, são capazes de traduzir muito do líquido que há na garrafa e de nos seduzir ainda na prateleira.
Verdade ou não, vale a pena conferir alguns dos rótulos mais criativos do mercado:
Frank B, etiqueta com uma mensagem customizável.
Lembrando quadrinhos: wine labels.
Passarinhos: The Logan Weemala Wine Collection.
Embarque para a Austrália com este Shyraz.
Return of the Living Red é uma brincadeira que faz alusão aos filmes clássicos de terror. Para enfatizar, a rolha é coberta por uma cera cor de sangue e o cartão, que funciona como rótulo, conta a história de terror.
O Mini Garage Wines and Brandies tem um conceito literal, pois é produzido em uma loja de tratores na Alemanha. Apesar da dúvida quanto a capacidade de preservar o vinho, esta garrafa é, sem dúvida, muito criativa.
Francis Ford Coppola se lembra dos galões de vinho que seu pai guardava no porão. Um dia, quando pequeno, tentou carregar um dos galões passando um pincel pela alça. O pincel quebrou e, consequentemente, o galão também. Para homenagear o pai e reviver a infância, ele criou esta garrafa. A etiqueta traz partituras escritas pelo pai, Carmine.
Para quem curte o terma circo.
E para finalizar, uma viagem às raízes da rotulagem do vinho.
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Vinho tinto Português ganha Concurso Mundial de Bruxelas 2012
O Poliphonia Signature 2008, produzido no Alentejo
pelo Gestor e Empresário Henrique Granadeiro, foi considerado o melhor
vinho tinto do Concurso Mundial de Bruxelas 2012.
O vinho é elaborado com base na casta Alicante Bouschet,
fermentado em lagares de mármore e que estagiou cerca de 15 meses em barricas
de carvalho Francês", disse o enólogo responsável pelo Poliphonia
Signature, Pedro Baptista.
A 19.ª edição do concurso ocorreu no início do mês. Além da vitória do vinho Poliphonia Signature, dez vinhos portugueses foram premiados com grandes medalhas de ouro. Seis desses vinhos são alentejanos.
Confira a lista dos portugueses premiados:
ALENTEJO :
- Poliphonia
Signature 2008
- Encostas de
Estremoz Reserva 2009
- Herdade das Servas
Touriga Nacional 2008
- Monsaraz Premium
2008
- Monte das Servas
Colheita Selecionada 2009
- Palpie 2008
TEJO:
- Cardal 2010
- Portal da Águia
2010
- Quinta de Lagoalva
Castelão e Touriga 2010
- Quinta de S. João
Baptista 2010
O Concurso 2012 reuniu quase 8.400 vinhos de 50 Países
produtores.
Foram atribuídas 2435 medalhas e a França mantém a sua
posição de líder com 670 medalhas seguida da Espanha (461), Portugal (297),
Itália (257), Chile (160), África do Sul (98), Suiça (65) e Austrália (57).
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Como conservar um vinho depois de aberto
O vinho é uma bebida que pode ser conservada por anos a fio sem perder a qualidade e, em muitos casos, ainda ter o seu sabor consideravelmente melhorado. Mas depois de retirada a rolha, o caminho para o declínio é inevitável: o vinho estraga em questão de dias.
E então, como conservar uma garrafa aberta que está pela metade? De acordo com as dicas do Sommelier Wine, cada caso é um caso. Confere só:
Vinhos espumantes, champagnes e proseccos
Depois de aberto, não importa o quão caro e bom seja, o vinho espumante não dura nada. Não há como conservá-lo depois de retirada a rolha porque o gás carbônico evapora facilmente em algumas horas. O vinho não estraga de um dia para o outro, mas perde completamente o gás e os aromas. Então, se abrir um espumante, champagne ou prosecco, beba tudo.
Vinhos brancos
O vinho branco, de modo geral, dura menos do que os tintos. Mas depois de aberta a garrafa, o vinho pode ser guardado de um dia para o outro com poucas perdas, desde que em local frio. Quanto mais quente for o ambiente onde está a garrafa, mais rapidamente os aromas evaporam e o vinho oxida.
Vinhos rosados
São ainda mais perecíveis do que os vinhos brancos. Prefira não guardar, mas se sobrar, guarde em local frio.
Vinhos tintos
Há tintos leves e tintos encorpados. Os vinhos leves, de consumo casual para o dia-a-dia, suportam até um dia depois de abertos. Já os tintos mais intensos, carnudos, taninosos e alcoólicos suportam até dois dias, depois disso começam a oxidar.
Late harvest
Os vinhos de colheita tardia podem ser leves e delicados ou intensos e ácidos, doces e alcoólicos. Os leves suportam bem dois dias e os mais intensos até quatro dias, desde que em local frio.
Vinho do Porto e fortificados
A lenda diz que vinho do porto dura meses aberto. Mas isso é uma mentira, e muitos restaurantes oferecem vinhos estragados para seus clientes que não são capazes de perceber isso, pois acham que o vinho “é assim mesmo”. Não se engane em pensar que aquela sua garrafa de porto aberta há três meses no armário de bebidas está boa, pois não está. Os portos e fortificados, por possuírem maior teor alcoólico, podem durar até 10 dias. Alguns mais poderosos duram até 15 dias sem perda significativa de qualidade, mas para por aí. Depois disso, o que vem é a oxidação.
Dicas para melhor conservação
• Vinho armazenado em local frio e escuro conserva-se melhor que em local quente e luminoso;
• Nunca use a rolha que estava no vinho para tampá-lo de volta. A rolha saiu da garrafa, passou pela mão de várias pessoas e ficou sobre a mesa, deve estar suja e imprópria para servir de estanque. Prefira vedantes de metal, que devem estar sempre lavados e inodoros;
• A garrafa ficou sobre a mesa e passou de mão em mão. Portanto, higienize-a com pano limpo umedecido em álcool antes de colocá-la na geladeira;
• Evite guardar o vinho na porta da geladeira, pois é a área de maior impacto e agita demais o vinho, favorecendo a oxidação.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Vinhos para o Dia das Mães
O Dia das Mães já está aí. No próximo domingo é dia de homenagear a grande estrela da casa, incrementar o cardápio e, claro, pensar naquele vinho especial para fazer bonito na mesa.
E é óbvio que a gente não ia te deixar sozinho numa data tão importante quanto essa. Para dar uma ajuda na hora de escolher o grande destaque do menu de domingo, reproduzimos aqui as dicas do Sommelier Bruno Hermenegildo, consultor do grupo Art des Caves.
Dá só uma olhada nos selecionados:
Beyerskloof Pinotage Rosé Brut
Da região de Stellenbosch, na África do Sul, este espumante é elaborado pelo Método Charmant. Com uma fantástica cor rosa, demonstra toda a competência de Beyers Truter na elaboração de Pinotage de diversos estilos. Harmoniza muito bem com peixes e saladas. Premiadíssimo, possui 3 Estrelas de John Platter. Temperatura de Consumo: de 6ºC a 9ºC.
Beyerskloof Pinotage Rosé
Este Rosé da região de Stellenbosch está entre os melhores custos- benefício da África do Sul. De cor rosa intenso, é um vinho que impressiona pelos aromas de morangos e framboesas frescas, muito delicadas e de ótima persistência. Na boca, é intenso sem ser muito doce, tornando um vinho que pode ser consumido tanto como aperitivo quanto acompanhado de frutos do mar. Possui 3 Estrelas de John Platter. Harmoniza perfeitamente com peixes e aves. Temperatura de Consumo: de 8ºC a 10ºC.
Juno Rosé
Da região de Paarl, na África do Sul, este rosé de cor rosa claro é fresco e vivaz. Com um corte pouco comum, utiliza uvas como Grenache e Zinfandel. Com excelente acidez e ótima persistência, é um vinho para ser apreciado com frutos do mar ou até mesmo com queijos de massa mole como o Brie. Possui 87 Pontos e Best Buy pela Revista Wine Enthusiast. Temperatura de Consumo: de 14ºC a 16ºC.
Meerendal Sauvignon Blanc
Este branco de Durbanville, na África do Sul, elaborado com a famosa uva Sauvignon Blanc, é sem dúvida um vinho para o verão. Com grande frescor e excelente qualidade olfativa, é um dos rótulos mais consagrados desta uva no país. Para harmonizar, a dica são saladas e peixes. Possui 3 ¹/² Estrelas de John Platter. Temperatura de consumo: 8ºC a 10ºC.
Pinna Fidelis Roble
Se a intenção for presentear com um vinho encorpado, a melhor opção é esse tinto da região de Ribera Del Duero, na Espanha. Elaborado com uvas 100% Tempranillo, tem cor intensa, quase negra, e aromas de morangos, framboesas e leves notas balsâmicas e tostadas. Vai muito bem com massas e carnes vermelhas. Possui 87 pontos no Guia Peñin. Temperatura de consumo: 14ºC a 16ºC.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Os 10 melhores vinhos do ExpoVinis Brasil
Acaba de ser divulgada a lista dos dez melhores vinhos do Top Ten, uma das mais importantes provas do país realizada em paralelo à ExpoVinis Brasil, evento que encerrou nesta quinta-feira, dia 26.
Um seleto time de especialistas elegeu os melhores rótulos do evento em dez categorias.
Tintos, brancos, rosés e espumantes foram avaliados nas categorias Espumante Nacional, Espumante Importado, Branco Nacional, Branco Novo Mundo, Branco Velho Mundo, Rosado, Tinto Nacional, Tinto Novo Mundo, Tinto Velho Mundo e Fortificados e Doces.
Confira o resultado do Top Ten, com destaque para os vinhos portugueses premiados em duas categorias.
Categoria: Rosé
Nome: Château de Pourcieux Côtes de Provence
Produtor: Château de Pourcieux
Safra: 2011
País: França
Categoria: Tinto Novo Mundo
Nome: Bellingham - The Bernard Series Small Barrel S.m.v.
Produtor: Bellinghan
Safra: 2009
País: África do Sul
Categoria: Tinto Nacional
Nome: Testardi Syrah
Produtor: Miolo Wine Group
Safra: 2010
País: Brasil
Categoria: Tinto Velho Mundo
Nome: Casa de Santa Vitória Touriga Nacional
Produtor: Casa de Santa Vitória
Safra: 2008
País: Portugal
Categoria: Espumante Nacional
Nome: Quinta Don Bonifácio Habitat Brut
Produtor: Quinta Don Bonifácio
País: Brasil
Categoria: Espumante Importado
Nome: Lanson Brut Rosé
Produtor: Lanson
País: França
Categoria: Branco Velho Mundo
Nome: Trimbach Riesling Cuvée Frederic Émile
Safra: 2004
Produtor: Pierre Trimbach
País: França
Categoria: Branco Novo Mundo
Nome: Undurraga T.H. Sauvignon Blanc
Safra: 2011
Produtor: Viña Undurraga
País: Chile
Categoria: Branco Nacional
Nome: Sanjo Maestrale Integrus
Safra: 2010
Produtor: Sanjo
País: Brasil
Categoria: Doces e Fortificados
Nome: Medium Rich Single Harvest
Safra: 1998
Produtor: Henriques & Henriques
País: Portugal
Este ano, o evento contou com a presença internacional do português Luis Lopes, fundador e diretor da Revista de Vinhos, e Andrés Rosberg, presidente da Associação Argentina de Sommeliers.
Para compor o júri brasileiro participaram Jorge Carrara (revista Prazeres da Mesa e site Basilico), José Maria Santana (revista Gosto), Gustavo Andrade de Paulo (ABS-SP), José Luiz Alvim Borges (ABS-SP), Ricardo Farias (ABS-Rio), Mauro Zanus (Embrapa-RS), Marcio Oliveira (SBAV-MG), José Luiz Pagliari (SBAV-SP/Senac-SP), Roberto Gerosa (portal iG) e Celito Guerra (Embrapa).
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Vinho para alérgicos promete revolucionar o mercado
Os alérgicos ao vinho já podem saborear um branco sem medo de borbulhas ou comichões.
O desafio foi lançado pela produtora portuguesa Dão Sul, que procurava um vinho que não causasse intolerâncias e que pudesse assim, ser consumido por todos.
A investigação, única no mundo, é da Universidade de Aveiro, que introduziu um extrato de cascas de camarão na bebida.
O método promete revolucionar a indústria vinícola ao eliminar o anidrido sulfuroso, um composto químico ao qual nem todos reagem bem e que é adicionado em várias etapas da vinificação para evitar a degradação do vinho.
O coordenador da investigação na Universidade, Manuel Coimbra, explica que o segredo está na adição, em vez do sulforoso, de um polissacarídeo chamado quitosana que é extraído das cascas dos caranguejos e dos camarões. O professor ainda acrescenta que a substância também pode ser extraída de fungos.
E o mais legal de tudo é que, segundo alguns enólogos, o vinho fica com melhor qualidade.
As garrafas com o vinho sem o anidrido sulfuroso já estão sendo produzidas, segundo Osvaldo Amado, da Dão Sul. No entanto, estão ainda à espera de aprovação para poderem ser vendidas, o que deve acontecer em breve.
As garrafas deverão conter um selo informando a ausência do químico.
Até agora, o método apenas foi aplicado no vinho branco, por este ter maiores quantidades do químico alergénico. Porém já está em estudo a adaptação aos espumantes.
O desafio foi lançado pela produtora portuguesa Dão Sul, que procurava um vinho que não causasse intolerâncias e que pudesse assim, ser consumido por todos.
A investigação, única no mundo, é da Universidade de Aveiro, que introduziu um extrato de cascas de camarão na bebida.
O método promete revolucionar a indústria vinícola ao eliminar o anidrido sulfuroso, um composto químico ao qual nem todos reagem bem e que é adicionado em várias etapas da vinificação para evitar a degradação do vinho.
O coordenador da investigação na Universidade, Manuel Coimbra, explica que o segredo está na adição, em vez do sulforoso, de um polissacarídeo chamado quitosana que é extraído das cascas dos caranguejos e dos camarões. O professor ainda acrescenta que a substância também pode ser extraída de fungos.
E o mais legal de tudo é que, segundo alguns enólogos, o vinho fica com melhor qualidade.
As garrafas com o vinho sem o anidrido sulfuroso já estão sendo produzidas, segundo Osvaldo Amado, da Dão Sul. No entanto, estão ainda à espera de aprovação para poderem ser vendidas, o que deve acontecer em breve.
As garrafas deverão conter um selo informando a ausência do químico.
Até agora, o método apenas foi aplicado no vinho branco, por este ter maiores quantidades do químico alergénico. Porém já está em estudo a adaptação aos espumantes.
sexta-feira, 13 de abril de 2012
The Vines of Mendonza: a chance de produzir seu próprio vinho
A partir de uma área de 400 hectares no Vale de Uco, na região de Mendonza, na Argentina, nasceu o Vines of Mendoza - primeiro loteamento de vinhas da Argentina.
O local foi dividido em 100 lotes (de 1,2 a 4 hectares cada) que, depois de vendidos, são cultivados e transformados em pequenas vinhas particulares.
De acordo com o texto de Lilian Cunha, jornalista do Estado de S. Paulo, não é preciso contratar empregados ou comprar produtos agrícolas para tocar a plantação: The Vines se encarrega de toda mão de obra e também da destinação da uva produzida.
As uvas podem ser vendidas para vinícolas da região ou então destinar a produção para uma vinícola própria do empreendimento onde os proprietários podem produzir seu próprio vinho.
Nos dois primeiros anos após a compra do lote, o proprietário não paga pela manutenção das vinhas. Depois, é cobrada uma anuidade de US$ 7 mil por hectare (mais impostos) - um valor mais alto que a média de custo das vinhas locais, que é de US$ 5,5 mil. A vantagem estaria no fato de o proprietário não precisar contratar mão de obra, fazer irrigação, limpar as parreiras ou supervisionar os trabalhos.
A chance de ter sua própria vinha, cultivar suas uvas e criar um vinho personalizado parece um sonho de consumo para os brasileiros: somos o segundo maior grupo dentro do Vines.
Por enquanto, só ficamos atrás dos americanos, que possuem 60 dos 100 lotes. Ficou entusiasmado? Então acessa o site do Vines of Mendonza.
O local foi dividido em 100 lotes (de 1,2 a 4 hectares cada) que, depois de vendidos, são cultivados e transformados em pequenas vinhas particulares.
De acordo com o texto de Lilian Cunha, jornalista do Estado de S. Paulo, não é preciso contratar empregados ou comprar produtos agrícolas para tocar a plantação: The Vines se encarrega de toda mão de obra e também da destinação da uva produzida.
As uvas podem ser vendidas para vinícolas da região ou então destinar a produção para uma vinícola própria do empreendimento onde os proprietários podem produzir seu próprio vinho.
Nos dois primeiros anos após a compra do lote, o proprietário não paga pela manutenção das vinhas. Depois, é cobrada uma anuidade de US$ 7 mil por hectare (mais impostos) - um valor mais alto que a média de custo das vinhas locais, que é de US$ 5,5 mil. A vantagem estaria no fato de o proprietário não precisar contratar mão de obra, fazer irrigação, limpar as parreiras ou supervisionar os trabalhos.
A chance de ter sua própria vinha, cultivar suas uvas e criar um vinho personalizado parece um sonho de consumo para os brasileiros: somos o segundo maior grupo dentro do Vines.
Por enquanto, só ficamos atrás dos americanos, que possuem 60 dos 100 lotes. Ficou entusiasmado? Então acessa o site do Vines of Mendonza.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Conheça as irreverentes adegas argentinas
Já falamos aqui sobre as belas adegas da Espanha. Hoje nos concentramos em uma região mais próxima e apresentamos projetos surpreendentes de duas adegas localizadas em Mendonza, na Argentina, para você literalmente “viajar” nesse feriado que vem por aí.
Começamos mostrando o espaço cultural Killka, na adega Salentein, no Valle de Uco, local que entra na categoria das irreverências latinas.
Concebido para criar um ponto de encontro entre os sentidos, através da combinação de vinho e expressões artísticas de todas as formas, Killka homenageia as origens andinas da região, ao combinar materiais brutos a uma sofisticada arquitetura. O local reúne concertos de coros e música clássica e obras de uma série de artistas argentinos.
Já a O. Fournier, criada em 2000, não tem um espaço especificamente dedicado à arte, mas uma cave principal chamada Catedral - devido à sua aparência quase sacra. Lá são realizadas mostras temporárias de artistas plásticos internacionais pessoalmente convidados pelo fundador da adega, José Manuel Ortega Gil.
No aspecto arquitetônico, a visita começa por descobrir o edifício à distância, tendo como pano de fundo as montanhas.
Na sequência, no interior do edifício, uma porta automática posicionada no fim de um túnel se abre para a majestosa cave 10 metros abaixo da entrada.
Certamente, degustar um bom vinho apreciando não só a paisagem das videiras, mas também a estrutura criada pelas vinícolas, é sempre motivo para um bom brinde!
Começamos mostrando o espaço cultural Killka, na adega Salentein, no Valle de Uco, local que entra na categoria das irreverências latinas.
Concebido para criar um ponto de encontro entre os sentidos, através da combinação de vinho e expressões artísticas de todas as formas, Killka homenageia as origens andinas da região, ao combinar materiais brutos a uma sofisticada arquitetura. O local reúne concertos de coros e música clássica e obras de uma série de artistas argentinos.
Já a O. Fournier, criada em 2000, não tem um espaço especificamente dedicado à arte, mas uma cave principal chamada Catedral - devido à sua aparência quase sacra. Lá são realizadas mostras temporárias de artistas plásticos internacionais pessoalmente convidados pelo fundador da adega, José Manuel Ortega Gil.
No aspecto arquitetônico, a visita começa por descobrir o edifício à distância, tendo como pano de fundo as montanhas.
Certamente, degustar um bom vinho apreciando não só a paisagem das videiras, mas também a estrutura criada pelas vinícolas, é sempre motivo para um bom brinde!
sexta-feira, 30 de março de 2012
Delícias da Páscoa: vinhos verdes para harmonizar
A Páscoa não é só chocolate. Quem segue a tradição não dispensa também um bom bacalhau acompanhado de vinho adequado.
Para ajudar na tarefa de combinar os ingredientes do almoço de domingo, nada como se valer das dicas de quem entende do assunto: os sommeliers.
Reunimos aqui as sugestões de dois profissionais: Alexandre Abranches Kuhas, da Adega Brasil Show Room, e Washington Uchôa, da Adega Brasil Delicatessen.
A aposta da dupla é nos Vinhos Verdes: por possuírem uma acidez marcante são ótimo para harmonizar
com a tradicional bacalhoada.
O Vinho Verde é uma denominação de origem assim como Champagne, Barolo, Chianti e Porto. A Região Demarcada dos Vinhos Verdes se estende por todo o noroeste de Portugal, numa área de clima ameno.
Voltando para o prato principal do domingo de Páscoa, Kuhas indica o Casal Garcia Branco e o Quinta da Aveleda. Já Uchôa sugere um Vinhas Altas e o Varanda do Conde Branco, ambos para qualquer iguaria feita com bacalhau.
Quem prefere fugir do bacalhau e preparar outro tipo de carne a dica é o argentino branco Etchart Privado Torrontes para peixes grelhados e frutos do mar e o tinto português Vinha do Mouro para carnes vermelhas.
Os doces também não ficam sozinhos, para combinar com chocolates aposte no Porto Dow’s Tawny. E na hora de saborear a Columba opte pelo Moscato D’Asti.
Com todas essas sugestões bacanas, difícil agora vai ser esperar até a outra semana para curtir todas as delícias da Páscoa!
Para ajudar na tarefa de combinar os ingredientes do almoço de domingo, nada como se valer das dicas de quem entende do assunto: os sommeliers.
Reunimos aqui as sugestões de dois profissionais: Alexandre Abranches Kuhas, da Adega Brasil Show Room, e Washington Uchôa, da Adega Brasil Delicatessen.
A aposta da dupla é nos Vinhos Verdes: por possuírem uma acidez marcante são ótimo para harmonizar
com a tradicional bacalhoada.
O Vinho Verde é uma denominação de origem assim como Champagne, Barolo, Chianti e Porto. A Região Demarcada dos Vinhos Verdes se estende por todo o noroeste de Portugal, numa área de clima ameno.
Voltando para o prato principal do domingo de Páscoa, Kuhas indica o Casal Garcia Branco e o Quinta da Aveleda. Já Uchôa sugere um Vinhas Altas e o Varanda do Conde Branco, ambos para qualquer iguaria feita com bacalhau.
Quem prefere fugir do bacalhau e preparar outro tipo de carne a dica é o argentino branco Etchart Privado Torrontes para peixes grelhados e frutos do mar e o tinto português Vinha do Mouro para carnes vermelhas.
Os doces também não ficam sozinhos, para combinar com chocolates aposte no Porto Dow’s Tawny. E na hora de saborear a Columba opte pelo Moscato D’Asti.
Com todas essas sugestões bacanas, difícil agora vai ser esperar até a outra semana para curtir todas as delícias da Páscoa!
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